Fairy Tale

Elegia à fada Angelini

Na floresta onde as sombras dançam e o verde se desenrola, Habita uma fada suave, cujo canto as árvores acolhem. Protetora das borboletas, em suas mãos as asas repousam, Entre os musgos, ela caminha, a cada amanhecer, a cada sol-posto.

Oh, fada sussurrante, que acalma a brisa e acalenta o broto, Tecendo histórias nas asas das borboletas, em cada voo, em cada salto. A ti, doce guardiã, a ti, a floresta dedica seu canto, E nas melodias da noite, escuta-se o teu encanto.

Da aurora ao crepúsculo, tua presença é como orvalho, Banho fresco e suave, que enche a floresta com teu agasalho. Guardiã das cores, dos sussurros de seda das asas, Teu toque é poesia, que as borboletas nas pétalas repassam.

Tuas asas cintilantes, teus olhos do verde mais puro, Espelham o coração da floresta, o amor em cada murmúrio. A ti, fada das borboletas, eleva-se nosso cântico, Cantado ao som das folhas, no compasso do dia.

Na solidão do bosque, onde a lua beija o regato, Tu deslizas, amiga sutil das borboletas, sob o céu prateado. E na dança das sombras, e no sussurro do vento, Fala-se do teu amor, na voz do tempo.

Guardiã das asas gentis, que os céus pintam de cores, Nas dobras do dia e da noite, espalhas teus amores. Na canção da floresta, no sopro da brisa, Fica o teu canto, oh fada, em cada asa que se alisa.

E quando a última luz do dia se vai, e o crepúsculo dá lugar ao luar, Na quietude da floresta, ouve-se teu cantar. É o hino da fada das borboletas, em melodia serena, Que embala a noite, e a tudo amena.